O buraco está ficando cada vez mais fundo.



Vira e mexe eu me pego pensando que o Brasil está cavando um buraco cada vez mais fundo.

O problema? Nossa, são muitos. Corrupção, educação, pobreza, violência, profissionais incapcitados, exploração, justiça que não anda, falta de estrutura, hospitais falindo, politicos fazendo falsas politicas, gente morrendo, desrespeito, e assim vai longe a lista.



Chega a ser difícil dizer qual seria o pior deles. Há tanto que precisa se melhorar, mas o buraco está cada vez mais fundo e cada vez mais difícil de sair dele,e são tantos buracos que ligam um ao outro que nem se sabe por qual deles começar.

Recebi um e-mail hoje da Cris, do qual eu já havia lido anteriormente há um tempão átras e provoca-nos uma reflexão importante e interessante. E resolvi postá-lo aqui hoje, para que vocês também possam refletir sobre a absurda inversão de valores que assola o Brasil.

Trata-se de uma carta escrita de uma mãe que perdeu um filho para uma mãe de um jovem infrator:



Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM, em São Paulo, para outra dependência da FEBEM, no interior do Estado.

Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes, decorrentes daquela transferência.

Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG etc.

Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.

Enorme é a distância que me separa do meu filho.

Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos, porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...
Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde meu filho trabalhava, durante o dia, para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...

Ah! Ia me esquecendo, e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.

Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar:"Os meus direitos"!


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Eu torço muito para que esse manifesto rode a internet e possa abrir os olhos de muitas pessoas, identidades e que os tais dos DIREITOS HUMANOS possa proteger os HUMANOS DIREITOS, e não o contrário.

Se você faz parte do seleto grupo de brasileiros que está lutando para acabar com os buracos do Brasil, repasse esse texto adiante!



Afinal de grão em grão, podemos chegar lá!

Abraços,
Ana Maltempi

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